Gerenciamento e supervisão das obras de implantação do Sistema Adutor Banabuiú
- 9 SEDES MUNICIPAIS E 38 DISTRITOS ATENDIDOS
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- 284.435 HABITANTES SERÃO BENEFICIADOS ATÉ 2045
Área de atuação
Supervisão e fiscalização
Especialidade
Recursos Hídricos
Abrangência
Ceará
Período
2022 - 2028
Escopo
Gerenciamento e supervisão das obras de implantação do Sistema Adutor Banabuiú, primeira obra do Brasil a ter seu projeto regido pela metodologia Yellow Book.
À serviço da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará – SRH, a TPF Engenharia está realizando o gerenciamento e supervisão das obras de implantação do Sistema Adutor Banabuiú – Sertão Central (SAB-SC), integrante do Projeto Malha D’Água, que provém uma nova estratégia para o abastecimento de água de cidades no estado do Ceará. A proposta é adensar a rede de adutoras, considerando todos os centros urbanos cearenses, com captação realizada, diretamente, nos mananciais com maior garantia hídrica e implantação das Estações de Tratamento de Água – ETA’s, junto a estes reservatórios para adução aos núcleos urbanos integrados ao sistema. Seu objetivo é ampliar a segurança hídrica do estado, que foi bastante afetado pela seca de 2012-2017, garantindo condições qualitativas e quantitativas de fornecimento de água para o abastecimento dos municípios e comunidades rurais situadas ao longo dos sistemas adutores a serem implantados.
A concepção inicial do Projeto Malha D’Água foi concluída em 2017 e resultou em uma malha de aproximadamente 4.000 km de adutoras de água tratada para o Ceará, composta de 34 sistemas adutores, contemplando uma população urbana de cerca de 6 milhões de habitantes em um horizonte de 25 anos de planejamento e investimento. O projeto é um sistema adutor de água tratada, que tem como fonte hídrica o Açude Banabuiú, localizado no sertão central do estado do Ceará, cujo abastecimento irá atender 9 sedes municipais e 38 distritos. A partir da captação, o atual modelo tem sua continuidade na adução da água bruta até os centros urbanos, onde estão localizadas as Estações de Tratamento de Água – ETA.
Este arranjo implica em uma quantidade elevada de ETA’s, distribuídas espacialmente por todo o território cearense, dificultando a modernização das técnicas de tratamento da água, bem como sua operação e manutenção. Complementarmente, está sendo realizado um cruzamento da malha de adutoras planejadas com as rotas dos carros pipa, buscando otimizar o traçado e considerar no dimensionamento dos sistemas, quando viável, a população rural mapeada, disponibilizando água em pontos de abastecimento e planejando pequenos sistemas adutores para atender as maiores concentrações populacionais. Desta maneira, o programa Malha D’Água trará uma redução substancial das rotas dos carros pipa em termos de quantidade e extensão delas, influenciando também a qualidade da água para atendimento rural difuso.
São 33 trechos de adutoras distribuídos ao longo dos 686,428 km, sendo 291,207 km de adutoras principais e 395,221 km de ramais secundários que serão construídas com tubulações aéreas e enterradas no trecho principal e totalmente enterradas nos ramais. A obra está sendo executada conforme a Mobilidade de Execução Contratual do Livro Amarelo (Yellow Book) da Federação Internacional de Engenheiros de Consultoria – FIDIC. O Yellow Book é o documento de projeto e construção recomendado para projetos em que o empregador deseja proteger seus interesses, nomeando um engenheiro para supervisionar a construção das obras, assim, sem prejuízo de que a responsabilidade geral seja do empreiteiro. O livro da federação é amplamente utilizado em toda a África e Europa Central, já que atende uma variedade de sistemas jurídicos em todo o setor de infraestrutura, padronizando procedimentos e conferindo a contratantes, financiadores e stakeholders em geral, níveis mais assertivos de previsibilidade, clareza e equidade na condução dos projetos.
Utilização do Plug
Para melhor acompanhamento do andamento da supervisão das obras, a TPF Engenharia utiliza a Plataforma Única de Gerenciamento (Plug), uma solução própria. O Plug foi desenvolvido de acordo com as boas práticas do PMI (Project Management Institute), para centralizar informações sobre obras, serviços e aquisições, permitindo o acompanhamento e controle dos objetivos do projeto. No produto em questão, o Plug auxiliou na melhor cobertura de pontos de atenção e pendências, com a supervisão de Qualidade, de SSO e Meio Ambiente. Dentre essas pendências, melhor observadas pela utilização da plataforma, estão: produtos químicos armazenados de forma inadequada; improvisação das refeições nas áreas de convivência e a estruturação do controle das tubulações. As atividades do Plug incluíram:
- Gestão macro do programa, auxiliando no controle do avanço físico de estudos de viabilidade, projetos e obras para a concepção do Sistema Adutor;
- Adequação ágil do Portfólio de acordo com replanejamentos;
- Acompanhamento rotineiro do avanço do programa gerenciando marcos, impedimentos e pontos de atenção.
A plataforma oferece um aplicativo mobile para a coleta de dados e informações online e offline, que são sincronizadas com o banco de dados do Plug via internet. A utilização do recurso facilita a fiscalização e supervisão em campo, assim como a gestão de dados oriundos dessas atividades, que são integrados e automaticamente compilados. Os gestores têm acesso em tempo real ao andamento físico e financeiro do projeto, sendo possível acompanhar os serviços por meio de visão geográfica das intervenções, relatórios gerenciais e dashboards fixos e flexíveis.
Principais atividades:
- Monitoramentos dos Programas Socioambientais;
- Monitoramentos e Controles Tecnológicos de execução de obras;
- Análises e Non Object dos Designs;
- Atuação junto ao Banco Mundial – BIRD.