20 de dezembro de 2022
TPF promove encontro com integrantes do Projeto Somar e Projeto Compaixão
Na última quinta-feira (15/12), a TPF Engenharia reuniu os representantes do Projeto Compaixão e do Projeto Somar para uma conversa sobre as conquistas e realizações de 2022 e os planos para 2023. As iniciativas são fruto de uma parceria entre a empresa e a Escola Municipal Oswaldo Lima Filho, vizinha à sede da TPF, em Recife. O objetivo de ambas é impactar positivamente a vida dos jovens alunos da escola.
O Projeto Compaixão teve início em 2019. A pedido da TPF, a antropóloga Mônica Pedrosa Rangel desenvolve desde então ações que unem arte, meditação, filosofia, dinâmicas de grupo e rodas de conversa para promover uma convivência diária mais amorosa e compassiva entre alunas, alunos, professoras e professores.
Já o Projeto Somar começou suas atividades neste ano. O Somar tem por objetivo promover aulas de reforço da disciplina de matemática para os estudantes do 9º ano do ensino fundamental. No encontro realizado na quinta-feira, Wilton Araújo, membro do Instituto Qualidade no Ensino (IQE) e supervisor do projeto, reforçou a importância de ensinar a matemática na prática, para que os alunos quebrem o mito de que fora da escola não utilizamos a matéria.
“Pragmaticamente falando, o jovem que desenvolver habilidades matemáticas terá mais oportunidades de inserção social por se colocar melhor profissionalmente. Empreendendo ou trabalhando em uma boa empresa, terá verdadeiramente acesso à cidadania. E essa é a missão do Projeto Somar: desmistificar a matemática e, a partir dela, construir encantamentos que transformam vidas”, relatou Wilton.
Dos 17 alunos que frequentavam as aulas, 8 foram aprovados e 5 estão em remanejamento para ingressar nas Escolas Técnicas Estaduais e no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). Míriam, de 14 anos, foi aprovada na Escola Técnica Cícero Dias e irá cursar o técnico em programação de jogos digitais. Para ela, o Somar aguçou o seu gosto pela matemática. “Eu fiquei muito feliz com a aprovação. Me ajudou muito o Projeto Somar. Eu fiquei mais rápida em fazer cálculos e aprendi muita coisa nova. Eu consegui entender mais rápido. Já gostava de matemática e o projeto me fez gostar ainda mais”.
Estevão, de 15 anos, foi aprovado no IFPE e contou que as aulas, bastante dinâmicas, o deixavam mais interessado a prestar atenção no conteúdo. “Estou alegre de ter conseguido ter passado. O projeto foi importante porque me ajudou nas provas. As aulas eram divertidas, os professores acompanhavam os alunos, e eram interativas. Aprendi sobre triângulos e ângulos, que eram coisas que eu ainda não tinha fixado”, comentou. Os professores Bruna Mirelle e Carlos Alberto, estagiários da TPF e estudantes do bacharelado em Matemática da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), foram os responsáveis por lecionar durante o semestre.
Eu sempre vi a educação como uma forma de mudar a visão de mundo das pessoas, e com isso, entendo que lecionar tem um papel social importantíssimo, pois proporciona uma enorme contribuição nessa mudança. Quando surgiu a oportunidade de participar desse projeto, eu achei incrível porque representa exatamente a visão que eu tenho sobre a educação. Me sinto muito feliz em ver como eu pude ajudar alguns alunos a não desperdiçarem seus potenciais. Por diversos motivos, muitas vezes a trajetória educacional dos alunos são marcadas por falhas que dificultam acessos e conquistas, e esse projeto surge como uma boa alternativa para ajudar a diminuir essas dificuldades e proporcionar um futuro melhor para alunos que muitas vezes são desacreditados
Bruna Mirelle, professora de matemática no Projeto Somar
Trabalhar com educação me motiva todos os dias, ter a possibilidade de transformar a vida das pessoas é uma coisa linda. Percebo que nós conseguimos mudar a vida de diversos jovens, observo isso no nosso dia a dia, e o mais interessante é que nosso projeto não foi só importante para o desenvolvimento na área da matemática, mas, que nós conseguimos ir além proporcionando a esses adolescentes uma nova perspectiva de futuro e uma mudança de paradigma acerca da própria matemática, conseguimos a partir de metodologias ativas quebrar o preconceito acerca de uma parte tão importante de nossa vida e do próprio conhecimento
Carlos Alberto, professor de matemática no Projeto Somar